Sinto minh'alma chorar dentro de mim, mas
longe de mim.
(Orgulhosa, não quer que ninguém mais ouça
a sua escuridão e morte).
Me arrasto através dos corredores.
Nos recantos me encharco
de um bálsamo obscuro
que me encolhe o corpo
e me cansa a voz e o sorriso
já exangue.
Saem lindas e sepulcrais músicas
do pranto dessa alma.
Músicas mais lindas que as músicas da vida!
Então eu choro também.
E choro sorrindo:
há que se fazer careta para chorar?
Choro sem lacrimejar:
nem toda a lágrima é pranto-pranto
e nem todo o sorriso é alegria.
Eu choro falando,
eu choro em qualquer tumulto,
choro selado como um sono mórbido.
Um comentário:
...choro selado como um sono móbido...beijo fantasma
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