(Franklin Cirino)
Não havia caneta e nem papel.
Eu segurei o poema até quando pude.
Só que o poema tem mania de liberdade,
asas marotas,
não se apega a ninguém.
Apenas se apaixona instataneamente e
instantaneamente se vai.
E assim ele se foi de mim.
Agora fico aqui,
como um corno arrependido,
sentindo d'antemão a dor que terei
quando eu lê-lo nu
sobre o leito de outro poeta.
2 comentários:
Sentido !
Beijo fantasma.
Instatânea e deliciosa como orgasmo.
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