Permita que eu, (em qualquer estação),
entre na folia verânica secreta
que há em seus cabelos.
Se jogue sobre mim
e ofereça essa contínua praia quente,
suave e arredia que há em seu
corpo calado e raro, Rayra.
Vamos pular o carnaval que acontece
entre nossos braços e pernas!
Tampa-me, com seus cabelos,
os sentidos que me conectam
à corriqueira sanidade!
à corriqueira sanidade!
Sorria para mim
com esse sorriso amorenado e cheiroso
que me convalesce e, em troca,
me desencoraja a voltar ao chão austero
e despoético dos dias de semana.
(Não quero voltar às hemomaníacas lâminas
e aos cânceres que cirandam entre
os cimentos maduros de sol).
Seduza-me sem querer.
Basta que, sem propósito,
desfiles desperdiçada e semi-nua
sob o meu teto.
Atire sobre meu rosto diurno e preocupado
as marolas confortáveis
daquela tua praia oculta
e me convide a esquecer as dívidas
nas sombras do jardim marítimo
que há em teu balneário tímido.
3 comentários:
CLAP! CLAP! CLAP!
CLAP! CLAP! CLAP!
Patrícia, tô com saudade da sua poesia. Poste mais!
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