15.12.07

Inevitável Metalinguagem

(Franklin Cirino)

Durante a viagem
eu penetrava com os olhos
a paisagem inquieta
e escrevia sobre o volume abstrato
d'horizonte
versos novos,
versos do novo homem triste que sou
a cada dia.

Naquele momento
eu era um poeta
pensando num outro poeta
e tantando,
sobretudo,
evitar a narcísica metalinguagem.
A poesia tem que ser mais que isso!
Tem que fazer com que formem fila por ela,
tem que aconselhar e
ser alternativa face à tragédia.
A poesia tem que enxugar o sangue,
curar a ferida e
adotar com beijo e proteção.
Pronto: virou metalinguagem.

Um comentário:

Paulo Novaes disse...

meu amigo franklin! amei seu poema! incrível como eu ainda não o tinha lido! não sei por que motivo... meus parabéns ainda uma vez!!! seus poemas são show! parecem comigo! rs não que eu seja show, mas a simplicidade do complexo e a poesia natural que emana deles... um abraço forte e muita paz! paulo novaes