23.11.07

AMOR QUIETO

AMOR QUIETO
(Franklin Cirino)
.
Passa sempre ereta,
firme como uma torre que
toca com a língua os ares azuis;
não me vê.
.
Ergo sentinelas nas sombras
para mirá-la do meu Universo secreto,
valioso e quieto como um diamante;
jamais saberá.
.
Com os cabelos trêmulos feito estrela,
Que às vezes contêm com as mãos,
passa como passa
uma deusa arfante do Olimpo,
intocável,
intacta,
quando não ensolarada,
cheia de lua cheia, banhada.
.
Pobre de mim,
que sou astro nenhum,
sequer anel ou satélite
- qualquer corpinho celeste -
sou um jeca comum.
.
.

2 comentários:

Bichinho disse...

És tanto em ti...beijo fantasma.

Jacinta Dantas disse...

Parei nesse espaço e fiquei encantada. Especialmente gostei de saber-te "pobre de mim, que sou astro nenhum, sequer anel ou satélite, qualquer corpinho celeste, sou um jeca comum".
Parabéns.

Jacinta Dantas