24.11.06

TEMPORAL (Sob a luz de velas)
Paulo Roberto Novaes


As trevas lançaram-se contra
Honório Gurgel.
Sou guiado e intuído
pelos fantasmas das sombras
que se fizeram no breu.
As gotas de chuva forte gritam,
horrorizadas,
ao serem apunhaladas no chão.
O rugir de um leão alado
fuzilou a noite,
e estilhaçou em zil pedaços
o sono da Senhora Negra
dos Cabelos de Raios,
que dança na orgia
dos ventos e das tempestades.

Toda a ordem foi restabelecida
quando a energia elétrica retornou.
E esta poesia perdeu sua razão de ser,
porque não havia mais escuridão
onde se aninhar.


2 comentários:

Anônimo disse...

olá. gostei do teu blog,do k li e achei lindo de mais. eu tmb tenho um blog com poemas feitos por mim e fotos tmb. se kiseres dá uma olhada.
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt
bjo
carla granja.

Franklin Cirino disse...

Ei! Onde está você, homem?
Que delírio extasiante tem esse poema!!! Putzzz! Muito bom!