27.6.07

BULÍMICA
(PATRÍCIA EVANS)
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Quando é ruim fica
atado aos meus pés,
irrita
- chulés -
até que definham,
pela minha, e, deles outros,
indiferença
(esta pílula não douro;
o que é ruim dura pouco)
e quando é bom, parte, se vai,
deixa-me só, me rechaça,
cai no mundo, vagabundo,
vagabunda cachaça,
jogo de bilhar,
cravo e gravata,
chapéu de palha,
ateu,
gera filhos que não cria,
gera filhos que - não ria!
nunca são meus.
Agora os trarei todos trancados
ou bom, ou ruim;
nenhum a me fazer de otária,
não mais os vomito de mim.
Infarto! mas não o faço solitária!

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