A Vida Numa Casca De Noz
Ray Silveira
Nossos corpos são pedaços de estrelas: / Quantos dos nossos ossos / Teriam sido formados por Andrômeda? / Quanto do nosso cérebro teria Os mesmos átomos / Dos outros astros desta Galáxia? / Trago na alma, concentrados, / (Tais quais numa estrela de nêutrons), / Todos os núcleos da tristeza. / Trago no peito sobressaltado / As cargas elétricas de um quasar, / A emitir radiações pulsáteis; / Amargas, angustiadas, / Somente perceptíveis / Pelo telescópio invisível da solidão. / Explosões de super-novas se sucedem / A cada momento que passa, / No meu coração ardente / De terror e de paixão. / Para povoar o meu futuro virtual / Há somente uma anã branca implodida; / E nenhuma réstia de luz escapou/ Deste buraco negro que é a vida.
Ray Silveira
Nossos corpos são pedaços de estrelas: / Quantos dos nossos ossos / Teriam sido formados por Andrômeda? / Quanto do nosso cérebro teria Os mesmos átomos / Dos outros astros desta Galáxia? / Trago na alma, concentrados, / (Tais quais numa estrela de nêutrons), / Todos os núcleos da tristeza. / Trago no peito sobressaltado / As cargas elétricas de um quasar, / A emitir radiações pulsáteis; / Amargas, angustiadas, / Somente perceptíveis / Pelo telescópio invisível da solidão. / Explosões de super-novas se sucedem / A cada momento que passa, / No meu coração ardente / De terror e de paixão. / Para povoar o meu futuro virtual / Há somente uma anã branca implodida; / E nenhuma réstia de luz escapou/ Deste buraco negro que é a vida.